Três adolescentes são mortos a tiros em bar. Suspeita da polícia é de que o crime esteja relacionado à guerra do tráfico
EDUARDO TORRES
Um possível plano de execução do tráfico, em Viamão, deixou três adolescentes – de 13, 16 e 17 anos – mortos e dois feridos – um deles uma criança, de oito anos – dentro de um bar na Rua Narciso Goulart de Aguiar, bairro Santo Onofre. De acordo com a polícia, o garoto mais novo morto não tinha relação com o tráfico – ele teria sido usado como escudo pelo mais velho no momento dos tiros. De nada serviu.
Conforme os investigadores, o principal alvo dos matadores era Tiago Silveira Pinto, conhecido como Tiaguinho, 16 anos. Ele era apontado como um soldado de uma quadrilha desarticulada na semana passada. Tinha três ocorrências por posse de entorpecentes. Foi encontrado morto com tiros na cabeça, caído diante do balcão da lancheria. Nos seus bolsos, havia cerca de 70 pedras de crack.
– Há um valão ao lado do bar que é conhecido como ponto de tráfico, e este adolescente era apontado como um traficante local. Ele provavelmente estava abrigado dentro do bar para escapar da chuva – afirmou o delegado Carlos Wendt.
Segundo ele, a principal hipótese é a de que a adolescente Sabrina Xavier Hofart, 17 anos, também morta com disparos na cabeça, estivesse envolvida com a quadrilha. Ela morava a poucos metros do local do crime e, segundo familiares, teria ido ao bar apenas comprar um cachorro-quente e não tinha ligação com o tráfico.
Disputa já teria feito seis mortes desde maio
Eram 23h30min quando dois homens armados com um revólver calibre 38 e uma pistola 9mm chegaram a pé ao bar. Segundo testemunhas, eles teriam entrado no local atirando e cada um correu para um lado. A proprietária do bar e o filho de oito anos conseguiram fugir, mas o menino levou um tiro na perna esquerda e ontem foi liberado do hospital.
Na tarde de ontem, a polícia confirmou que uma adolescente de 15 anos também ficou ferida. Ela teria ido ao local buscar um lanche
O outro filho da comerciante, Gabriel da Silva Barbosa, 13 anos, não teve a mesma sorte. Segundo a polícia, teria sido agarrado por Tiaguinho e usado como escudo. O garoto foi atingido por diversos disparos pelo corpo. Ainda tentou se refugiar no banheiro, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com o delegado Carlos Wendt, ainda não há suspeitos do crime.
A chacina estaria diretamente ligada à Operação Grande Família, deflagrada na semana passada, com as prisões das “matriarcas da pedra”, as irmãs Eliza da Silva e Jureni da Silva Moura. Na ação, um dos gerentes do bando, que responderia pelas bocas no valão da Rua Narciso de Aguiar, foi preso. A suspeita é de que Tiaguinho fosse um comandado seu.
– Os rivais podem ter se aproveitado do espaço aberto pela prisão do gerente para tentar o domínio – acredita o delegado.
Desde maio, a guerra entre os bairros Orieta e Santo Onofre já teria feito seis mortes.
Um possível plano de execução do tráfico, em Viamão, deixou três adolescentes – de 13, 16 e 17 anos – mortos e dois feridos – um deles uma criança, de oito anos – dentro de um bar na Rua Narciso Goulart de Aguiar, bairro Santo Onofre. De acordo com a polícia, o garoto mais novo morto não tinha relação com o tráfico – ele teria sido usado como escudo pelo mais velho no momento dos tiros. De nada serviu.
Conforme os investigadores, o principal alvo dos matadores era Tiago Silveira Pinto, conhecido como Tiaguinho, 16 anos. Ele era apontado como um soldado de uma quadrilha desarticulada na semana passada. Tinha três ocorrências por posse de entorpecentes. Foi encontrado morto com tiros na cabeça, caído diante do balcão da lancheria. Nos seus bolsos, havia cerca de 70 pedras de crack.
– Há um valão ao lado do bar que é conhecido como ponto de tráfico, e este adolescente era apontado como um traficante local. Ele provavelmente estava abrigado dentro do bar para escapar da chuva – afirmou o delegado Carlos Wendt.
Segundo ele, a principal hipótese é a de que a adolescente Sabrina Xavier Hofart, 17 anos, também morta com disparos na cabeça, estivesse envolvida com a quadrilha. Ela morava a poucos metros do local do crime e, segundo familiares, teria ido ao bar apenas comprar um cachorro-quente e não tinha ligação com o tráfico.
Disputa já teria feito seis mortes desde maio
Eram 23h30min quando dois homens armados com um revólver calibre 38 e uma pistola 9mm chegaram a pé ao bar. Segundo testemunhas, eles teriam entrado no local atirando e cada um correu para um lado. A proprietária do bar e o filho de oito anos conseguiram fugir, mas o menino levou um tiro na perna esquerda e ontem foi liberado do hospital.
Na tarde de ontem, a polícia confirmou que uma adolescente de 15 anos também ficou ferida. Ela teria ido ao local buscar um lanche
O outro filho da comerciante, Gabriel da Silva Barbosa, 13 anos, não teve a mesma sorte. Segundo a polícia, teria sido agarrado por Tiaguinho e usado como escudo. O garoto foi atingido por diversos disparos pelo corpo. Ainda tentou se refugiar no banheiro, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com o delegado Carlos Wendt, ainda não há suspeitos do crime.
A chacina estaria diretamente ligada à Operação Grande Família, deflagrada na semana passada, com as prisões das “matriarcas da pedra”, as irmãs Eliza da Silva e Jureni da Silva Moura. Na ação, um dos gerentes do bando, que responderia pelas bocas no valão da Rua Narciso de Aguiar, foi preso. A suspeita é de que Tiaguinho fosse um comandado seu.
– Os rivais podem ter se aproveitado do espaço aberto pela prisão do gerente para tentar o domínio – acredita o delegado.
Desde maio, a guerra entre os bairros Orieta e Santo Onofre já teria feito seis mortes.
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