G1 - JORNAL HOJE, Edição do dia 01/08/2012
Câmera do JH mostra a situação dos menores infratores no Brasil. Reportagens mostram o perfil de crianças e adolescentes que cometem crimes, como eles estão sendo recuperados e o drama das famílias.
Os menores que cometem delitos e crimes são o tema do Câmera do JH do mês de agosto.
Em todo o Brasil, quase 36 mil menores estão cumprindo medidas sócio-educativas. "Nós temos uma sociedade que descuidou em grande medida da sua infância e adolescência, então esse descuido de um passado nem tão distante, ele ferou agora uma consequência", avalia Mário Sérgio Cortella, educador.
Reportagens mostram o desespero de pais de adolescentes envolvidos com drogas. Uma mãe chegou a entregar cartazes no bairro, pedindo aos vizinhos que liguem para ela se virem o garoto nas ruas. "É uma atitude de desespero, eu já fiz tudo o que eu podia fazer", declara.
Na primeira reportagem (veja o vídeo ao lado), o quadro mostra o drama que envolve duas famílias: a de Brendo, o atendente de uma locadora que aos 17 anos morreu trabalhando, depois de ser baleado por um adolescente de 16 anos; e a da família do menor que cometeu o crime.
O menor, que está detido, conta que resolveu roubar a locadora, pois queria uma moto, que seu pai e seu avô negaram comprar. "Pedi a moto pro meu avô, ele não me dava. Pedi a moto pro meu pai, ele não me dava. Eu ainda avisei pra eles: 'se não me dá, então eu vou roubar'", afirma.
O bandido diz que se assustou com Brendo e o revólver disparou sozinho. "Agora eu tô lá, preso por nada e fiz a família sofrer à toa", diz.
"Parte dos jovens hoje são formados sozinhos. Eu sempre digo: o mundo que nós vamos deixar para os nossos filhos, depende muito dos filhos que nós vamos deixar para esse mundo", diz o educador Mário Sérgio Cortella.
Um adolescente apreendido pode ficar de seis meses a três anos sem liberdade. Quando o portão da unidade de internação se abre, a vida dele se transforma. A segunda reportagem mostra como é o primeiro e o último dia de um adolescente que tem que cumprir uma medida sócio-educativa. (Veja a reportagem completa ao lado).
A rotina pesada e rígida do início da internação diminui com o tempo, e o jovem pode voltar a estudar e também a aprender em oficinas.Uma equipe de pedagogos e psicólogos acompanham os adolescentes até o último dia. "Este trabalho que é realizado dentro da unidade de internação é parte do trabalho. É importante que a comunidade e a sociedade esteja preparada para receber este adolescente, pra que ele tenha também oportunidade e acesso à educação, à saúde, ao mercado de trabalho", ressalta Rodrigo Trindade, gerente de uma unidade de internação para menores infratores.
Para recuperar um adolescente que rouba, se mete em encrencas e se envolve em delitos, voluntários trabalham com eles para que consigam mudar de vida. Foi o que aconteceu com Vinicius Oliveira, que foi internado três vezes na Fundação Casa por roubo. “Queria carro, casa, festa, balada. Você vê o outro tendo alguma coisa e você não. Eu pensava ‘eu também quero ter, então eu vou pegar de algum jeito”, diz.
Durante a terceira internação, Vinicius fez um curso de instalação elétrica e hidráulica. Quando saiu da Fundação Casa, começou a trabalhar e hoje faz faculdade de engenharia elétrica.
Veja no vídeo acima exemplos de iniciativas que visam recuperar jovens infratores em todo o Brasil.
A maioria dos jovens que cumprem medidas socioeducativas no Brasil foi apreendida porque se envolveu com drogas. Os casos mais graves de homicídio e latrocínio representam a minoria desses menores.
“Até quatro anos atrás, o roubo representava 55,56% dos adolescentes e o tráfico 16,18%. Hoje o roubo representa 8,39% e o tráfico 42%. Quer dizer, mais do que dobrou o envolvimento de jovens na fundação por problema de droga”, afirma Berenice Gianella, presidente da Fundação Casa de São Paulo.
Veja no vídeo ao lado histórias de menores que estão internados.
Atualmente, 60 mil jovens cumprem medidas sócio-educativas em todo o Brasil. Só no estado de São Paulo, o número de internações subiu 35% nos últimos três anos.
A lente da Câmera do JH mostrou durante o mês a realidade desses jovens infratores. Após ouvir educadores e voluntários, uma das grandes conclusões é que o destino destes jovens só muda com a parceria da família, da escola e da sociedade. (Veja a matéria completa no vídeo ao lado).
Câmera do JH mostra a situação dos menores infratores no Brasil. Reportagens mostram o perfil de crianças e adolescentes que cometem crimes, como eles estão sendo recuperados e o drama das famílias.
Os menores que cometem delitos e crimes são o tema do Câmera do JH do mês de agosto.
Em todo o Brasil, quase 36 mil menores estão cumprindo medidas sócio-educativas. "Nós temos uma sociedade que descuidou em grande medida da sua infância e adolescência, então esse descuido de um passado nem tão distante, ele ferou agora uma consequência", avalia Mário Sérgio Cortella, educador.
Reportagens mostram o desespero de pais de adolescentes envolvidos com drogas. Uma mãe chegou a entregar cartazes no bairro, pedindo aos vizinhos que liguem para ela se virem o garoto nas ruas. "É uma atitude de desespero, eu já fiz tudo o que eu podia fazer", declara.
Na primeira reportagem (veja o vídeo ao lado), o quadro mostra o drama que envolve duas famílias: a de Brendo, o atendente de uma locadora que aos 17 anos morreu trabalhando, depois de ser baleado por um adolescente de 16 anos; e a da família do menor que cometeu o crime.
O menor, que está detido, conta que resolveu roubar a locadora, pois queria uma moto, que seu pai e seu avô negaram comprar. "Pedi a moto pro meu avô, ele não me dava. Pedi a moto pro meu pai, ele não me dava. Eu ainda avisei pra eles: 'se não me dá, então eu vou roubar'", afirma.
O bandido diz que se assustou com Brendo e o revólver disparou sozinho. "Agora eu tô lá, preso por nada e fiz a família sofrer à toa", diz.
"Parte dos jovens hoje são formados sozinhos. Eu sempre digo: o mundo que nós vamos deixar para os nossos filhos, depende muito dos filhos que nós vamos deixar para esse mundo", diz o educador Mário Sérgio Cortella.
Um adolescente apreendido pode ficar de seis meses a três anos sem liberdade. Quando o portão da unidade de internação se abre, a vida dele se transforma. A segunda reportagem mostra como é o primeiro e o último dia de um adolescente que tem que cumprir uma medida sócio-educativa. (Veja a reportagem completa ao lado).
A rotina pesada e rígida do início da internação diminui com o tempo, e o jovem pode voltar a estudar e também a aprender em oficinas.Uma equipe de pedagogos e psicólogos acompanham os adolescentes até o último dia. "Este trabalho que é realizado dentro da unidade de internação é parte do trabalho. É importante que a comunidade e a sociedade esteja preparada para receber este adolescente, pra que ele tenha também oportunidade e acesso à educação, à saúde, ao mercado de trabalho", ressalta Rodrigo Trindade, gerente de uma unidade de internação para menores infratores.
Para recuperar um adolescente que rouba, se mete em encrencas e se envolve em delitos, voluntários trabalham com eles para que consigam mudar de vida. Foi o que aconteceu com Vinicius Oliveira, que foi internado três vezes na Fundação Casa por roubo. “Queria carro, casa, festa, balada. Você vê o outro tendo alguma coisa e você não. Eu pensava ‘eu também quero ter, então eu vou pegar de algum jeito”, diz.
Durante a terceira internação, Vinicius fez um curso de instalação elétrica e hidráulica. Quando saiu da Fundação Casa, começou a trabalhar e hoje faz faculdade de engenharia elétrica.
Veja no vídeo acima exemplos de iniciativas que visam recuperar jovens infratores em todo o Brasil.
A maioria dos jovens que cumprem medidas socioeducativas no Brasil foi apreendida porque se envolveu com drogas. Os casos mais graves de homicídio e latrocínio representam a minoria desses menores.
“Até quatro anos atrás, o roubo representava 55,56% dos adolescentes e o tráfico 16,18%. Hoje o roubo representa 8,39% e o tráfico 42%. Quer dizer, mais do que dobrou o envolvimento de jovens na fundação por problema de droga”, afirma Berenice Gianella, presidente da Fundação Casa de São Paulo.
Veja no vídeo ao lado histórias de menores que estão internados.
Atualmente, 60 mil jovens cumprem medidas sócio-educativas em todo o Brasil. Só no estado de São Paulo, o número de internações subiu 35% nos últimos três anos.
A lente da Câmera do JH mostrou durante o mês a realidade desses jovens infratores. Após ouvir educadores e voluntários, uma das grandes conclusões é que o destino destes jovens só muda com a parceria da família, da escola e da sociedade. (Veja a matéria completa no vídeo ao lado).
Nenhum comentário:
Postar um comentário