ZERO HORA 08 de outubro de 2013 | N° 17577
EDITORIAIS
A semana da criança é uma oportunidade para o Rio Grande do Sul recolocar no foco de suas preocupações a proteção à infância. Uma data com tal apelo somente terá real significado se propiciar intervenções substantivas na realidade. E a realidade da população infantil no Estado é preocupante, pelas deficiências crônicas do suporte social e por fatos recentes. Os gaúchos estão se descuidando em relação a um problema de extrema gravidade, caracterizado por agressões e abusos a crianças e adolescentes. De acordo com o Centro de Referência no Atendimento Infantojuvenil do Hospital Presidente Vargas, houve um aumento de 25% nos casos de agressão a crianças em 2013.
É apenas um referencial pequeno no universo estadual, mas deve servir de alerta, porque temos outros exemplos recentes de verdadeira barbárie: os abusos sexuais praticados por dois homens contra um menino de oito anos na zona norte de Porto Alegre, o estupro de uma menina de sete anos na Zona Sul e a agressão seguida de morte de um bebê, também na Capital. Não há, nesses episódios lamentáveis, como recorrer-se à desgastada desculpa de que se trata de problemas eventuais ou localizados. As agressões estão dentro de um contexto de omissões da sociedade e do setor público.
O Rio Grande do Sul é relapso em relação a medidas de prevenção e à estrutura socioeducativa. Como exemplo do descaso, registre-se a vergonhosa negligência governamental na área da educação pré-escolar. As virtudes da pré-escola, como mostram especialistas, não estão apenas na possibilidade de convivência e aprendizado entre as crianças. Estruturas públicas de acolhimento infantil, desde berçários e creches, significam que as crianças estarão menos expostas a toda espécie de riscos e violência enquanto seus pais trabalham. Mas cuidar das crianças é tarefa bem mais ampla que não se restringe apenas aos governos. É, antes, um dever constitucional e moral de todos – família, escola e comunidade.
EDITORIAIS
A semana da criança é uma oportunidade para o Rio Grande do Sul recolocar no foco de suas preocupações a proteção à infância. Uma data com tal apelo somente terá real significado se propiciar intervenções substantivas na realidade. E a realidade da população infantil no Estado é preocupante, pelas deficiências crônicas do suporte social e por fatos recentes. Os gaúchos estão se descuidando em relação a um problema de extrema gravidade, caracterizado por agressões e abusos a crianças e adolescentes. De acordo com o Centro de Referência no Atendimento Infantojuvenil do Hospital Presidente Vargas, houve um aumento de 25% nos casos de agressão a crianças em 2013.
É apenas um referencial pequeno no universo estadual, mas deve servir de alerta, porque temos outros exemplos recentes de verdadeira barbárie: os abusos sexuais praticados por dois homens contra um menino de oito anos na zona norte de Porto Alegre, o estupro de uma menina de sete anos na Zona Sul e a agressão seguida de morte de um bebê, também na Capital. Não há, nesses episódios lamentáveis, como recorrer-se à desgastada desculpa de que se trata de problemas eventuais ou localizados. As agressões estão dentro de um contexto de omissões da sociedade e do setor público.
O Rio Grande do Sul é relapso em relação a medidas de prevenção e à estrutura socioeducativa. Como exemplo do descaso, registre-se a vergonhosa negligência governamental na área da educação pré-escolar. As virtudes da pré-escola, como mostram especialistas, não estão apenas na possibilidade de convivência e aprendizado entre as crianças. Estruturas públicas de acolhimento infantil, desde berçários e creches, significam que as crianças estarão menos expostas a toda espécie de riscos e violência enquanto seus pais trabalham. Mas cuidar das crianças é tarefa bem mais ampla que não se restringe apenas aos governos. É, antes, um dever constitucional e moral de todos – família, escola e comunidade.
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